Taxas abusivas de companhias aéreas lideram ranking de 2025

Latam impõe restrições: sem bagagem de mão tradicional e cobra por reclinar assentos ou check-in.

28/10/2025 18:38

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(Imagem de reprodução da internet).

Custos Adicionais em Viagens Aéreas: Um Cenário em Evolução

As comodidades que antes eram consideradas parte integrante das viagens aéreas estão cada vez mais sujeitas a custos adicionais. A introdução de tarifas básicas, adotadas por companhias como Latam e Gol, exemplifica essa tendência. Recentemente, a AirAdvisor, uma plataforma global de apoio aos consumidores do setor aéreo, divulgou uma lista das 10 cobranças mais polêmicas e onerosas impostas pelas companhias aéreas em 2025, revelando como diversas ofertas que antes eram consideradas básicas passaram a ser cobradas à parte, elevando significativamente o custo final das passagens.

Cobranças Controvertidas: Um Exemplo

A WestJet, companhia aérea canadense de baixo custo, implementou uma mudança controversa, eliminando a inclinação da maioria dos assentos da classe econômica em seus Boeing 737 MAX e 737-800. Apenas passageiros que pagarem extra pelas categorias Extended Comfort ou Premium terão direito a assentos reclináveis, transformando um conforto padrão em uma restrição paga.

Segundo a AirAdvisor, o que costumava ser um conforto padrão acaba se tornando uma restrição mediante o pagamento.

Outras Cobranças Onerosas

Além da falta de assentos reclináveis, a United Airlines impôs a proibição de bagagens de mão tradicionais na sua categoria Econômica Básica, obrigando os passageiros a despachar suas malas no portão de embarque e a pagar uma taxa de manuseamento adicional.

Companhias como a Eurowings e a Lufthansa oferecem a opção de “vizinho livre” (na tradução livre do inglês), enquanto a Frontier faz o mesmo mediante a compra da opção UpFront Plus. A Ryanair e a Wizz Air cobram para permitir o check-in no balcão, caso o passageiro tenha esquecido de fazer online, e a EasyJet cobra por alterações de nome nas passagens, com valores que podem variar dependendo da gravidade do erro.

Direitos dos Passageiros e Regulamentação

O CEO e fundador da AirAdvisor, Anton Radchenko, alerta que o valor inicialmente apresentado raramente corresponde ao preço real do voo, ressaltando que serviços que antes eram parte essencial da experiência de voo foram convertidos em extras pagos.

Ele enfatiza a importância de os passageiros conhecerem seus direitos e fazê-los valer, mencionando normas como a EU261, UK261 e a Convenção de Montreal, que garantem compensações significativas em caso de atrasos superiores a três horas, cancelamentos ou problemas com bagagem.

Essas normas podem resultar em indenizações entre 250 e 600 euros (R$ 1.565 e R$ 3.756), além de refeições, alojamento e remarcações gratuitas.

Resposta do Congresso Nacional

Em 22 de outubro de 2025, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 120/2020, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), que proíbe a cobrança de bagagem de mão em voos nacionais e internacionais, garantindo aos passageiros o direito de transportar gratuitamente até 10 kg de bagagem de mão, com dimensões padronizadas, sem risco de cobrança adicional pelas companhias aéreas.

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