Taxas de Condomínio no Brasil sobem: aumento de 24,9% em três anos

Aumento Contínuo nas Taxas de Condomínio no Brasil

O custo de morar em condomínios residenciais apresentou uma elevação constante no Brasil entre o início de 2022 e o primeiro semestre de 2025. Segundo dados do Censo Condominial 2025/26, a taxa condominial média subiu de R$ 413 para R$ 516, representando um aumento acumulado de 24,9%. Este levantamento utilizou informações da plataforma uCondo, complementadas por dados da Receita Federal.

Fatores que Impulsionaram o Aumento

A alta nas taxas condominiais reflete o encarecimento de serviços essenciais à operação dos condomínios. Isso inclui custos com limpeza, segurança, portaria, manutenção predial e administração profissional, que sofreram reajustes recorrentes.

A elevação foi gradual e acompanhou a inflação de serviços, além da necessidade de adequação dos condomínios a novas exigências operacionais, trabalhistas e regulatórias.

Desempenho Regional Divergente

Apesar da tendência nacional de alta, a região Norte se destacou ao registrar uma queda significativa. O valor médio da taxa condominial diminuiu 17,1%, encerrando o período em R$ 429,21. Essa redução pode estar relacionada a restrições financeiras locais, levando os condomínios a cortar serviços, renegociar contratos ou adotar uma gestão mais conservadora para evitar o aumento da inadimplência.

Comparativo Regional

O Sudeste liderou o aumento percentual do país, com um avanço de 30,6% em três anos. A taxa média atingiu R$ 516,84, refletindo a complexidade dos empreendimentos e a adoção de modelos de gestão profissional. O Sul manteve o título de região com o condomínio mais caro do Brasil, com um valor médio de R$ 537,32 no primeiro semestre de 2025, impulsionado por custos elevados de manutenção, segurança e serviços especializados.

Tendências e Impactos

No Nordeste, a taxa condominial média subiu de R$ 432,26 para R$ 522,30, enquanto no Centro-Oeste, o valor passou de R$ 458,47 para R$ 514,51. Esses números indicam uma pressão ampla sobre o custo condominial, acompanhando a dinâmica inflacionária do setor de serviços.

A profissionalização da gestão, embora pese no curto prazo, tem sido vista como estratégia para preservar o patrimônio e garantir previsibilidade financeira.