Tesouro Direto: Taxas Caem e Analistas Alertam para Possível Corte

Tesouro Direto: Taxas Caem e Sinalizam Possível Corte

Analistas de renda fixa alertam para uma mudança significativa no mercado do Tesouro Direto. Por meses, a expectativa era de que as taxas dos títulos prefixados continuassem elevadas, com a recomendação de “aproveitar enquanto dura”. No entanto, essa dinâmica parece estar mudando.

Em 11 de novembro, a taxa do Tesouro Prefixado mais curto, com vencimento em 2028, caiu para menos de 13% ao ano pela primeira vez desde o lançamento do título em fevereiro.

Essa queda acompanha um cenário de otimismo no mercado, impulsionado por fatores como a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A ata indicou que o Copom confia na estratégia de manter as taxas básicas em 15% ao ano por tempo prolongado, e que a inclusão da isenção do imposto de renda para salários até R$ 5 mil no cenário-base de inflação futura é um gatilho para cortes nos meses seguintes.

Adicionalmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da inflação oficial de outubro, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo apenas 0,09% no mês passado – o menor resultado para o mês desde 1998.

Essa desaceleração significativa aproxima o IPCA do topo da meta do ano e da projeção do Banco Central para 2025.

Além disso, os títulos públicos atrelados à inflação (Tesouro IPCA+) também tiveram suas taxas revistas nesta terça-feira. O Tesouro IPCA+ de vencimento mais curto, em 2029, caiu para 7,76% ante o último fechamento de 7,89%. Com a inflação básica arrefecendo e as projeções futuras melhorando, o mercado ajusta as apostas de juros e inflação no futuro.

Com isso, a exigência de prêmios maiores para o investimento ser atrativo diminui.