O cronômetro que acompanha os acordos entre EUA e China não tem um som de tique-taque, mas sim um tic-tac — uma referência à expressão Trump Always Chicken Out (Taco, na sigla em inglês) ou o equivalente em português para Trump sempre recua. Na segunda-feira (11) entrou em vigor uma nova trégua de 90 dias que impediu que as tarifas sobre Pequim fossem implementadas.
O decreto foi assinado pelo republicano poucas horas antes da meia-noite, no momento em que o encerramento das tarifas estava prestes a ocorrer.
O fluxo recente se deve à última rodada de negociações entre representantes dos governos americano e chinês, ocorrida em Estocolmo, Suécia, no final do mês anterior.
Pare a guerra
Caso o prazo não fosse prorrogado, as tarifas de Trump sobre a China voltariam aos patamares de abril, período em que a guerra comercial entre as maiores economias do mundo se encontrava em seu ponto mais intenso.
Trump havia elevado as tarifas comuns sobre as importações chinesas a 145%, e a China respondeu com taxas de 125% sobre produtos americanos.
Estados Unidos e China concordaram em suspender a maior parte dos impostos sobre produtos em maio, após os negociadores se reunirem em Genebra, Suíça. Os EUA diminuíram suas tarifas para 30% e a China reduziu suas taxas para 10%.
O tic-tac de Trump
A ampliação do cessão desta segunda-feira ilustra o exemplo mais recente de como as tarifas de Trump alteram-se sem prévio aviso, uma dinâmica que tornou a política comercial dos EUA imprevisível.
O republicano implementou tarifas elevadas contra países ou setores específicos, buscando reduzi-las, ajustá-las ou suspendi-las em dias ou semanas.
As tarifas recíprocas que ele implementou no início de abril foram rapidamente suspensas e adiadas diversas vezes antes de terem vigorado de forma modificada na semana passada.
Fonte por: Seu Dinheiro