Alívio Tarifário para o Agronegócio Brasileiro
A recente redução tarifária proposta por Donald Trump oferece um suporte significativo a parte do agronegócio brasileiro, aliviando a pressão sobre setores como café e carne bovina. No entanto, a medida não abrangeu categorias industriais e agrícolas de grande valor agregado, essenciais para a balança comercial do país.
Um levantamento aponta que produtos de maior valor agregado, incluindo máquinas, equipamentos, açúcar e etanol, ainda sofrem com a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Essa situação impacta negativamente a competitividade de produtos brasileiros no mercado americano.
O alívio concedido pela Casa Branca focou principalmente em café e carne bovina, que representam aproximadamente US$ 3 bilhões em exportações. Essa mudança representa um avanço importante para esses setores, que enfrentaram dificuldades devido às tarifas elevadas.
A tarifa média cobrada dos produtos brasileiros diminuiu de 33% para 27,7%, ainda distante dos 2,2% registrados antes do aumento das medidas protecionistas. Essa redução, embora positiva, indica a necessidade de um esforço contínuo para eliminar completamente as tarifas.
A ampliação das isenções nos Estados Unidos ocorre em um momento estratégico para o agronegócio brasileiro. A medida atenuou o impacto das restrições comerciais anunciadas em agosto, quando cerca de 50% das exportações brasileiras foram liberadas das tarifas extras, evitando um choque maior na economia.
Apesar disso, algumas categorias sensíveis continuaram a pagar taxas elevadas.
Com a atualização de novembro, os produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro terão direito a reembolso da cobrança extra, conforme determinado pelo governo americano. Essa medida representa um avanço importante, considerando o volume econômico das mercadorias incluídas e sua relevância política nos Estados Unidos.
