A relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil passou por uma reviravolta significativa. O presidente americano, Donald Trump, assinou um decreto que altera as tarifas de importação aplicadas a diversos produtos brasileiros. A medida, que representa uma mudança no tom das relações comerciais entre os dois países, também elimina impostos adicionais sobre peças de aeronaves e petróleo provenientes do Brasil.
Reversão com Efeito Retroativo
O decreto da Casa Branca possui efeito retroativo a 13 de novembro de 2025. Isso significa que empresas americanas que importaram produtos brasileiros após essa data poderão solicitar o reembolso das taxas pagas anteriormente. A expectativa é de que essa ação contribua para o alívio dos setores da economia que foram afetados pelas tarifas elevadas.
Diálogo e Negociações
A decisão de Trump foi motivada por recomendações de assessores e pelo início das negociações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua primeira conversa telefônica em 6 de outubro. Segundo o presidente americano, houve “progresso inicial” nas discussões, especialmente em temas sensíveis que levaram à imposição das tarifas adicionais no ano anterior.
Reação e Comemorações
O presidente Lula manifestou seu “feliz” com a decisão de Trump de remover a tarifa de 40% sobre alguns produtos brasileiros, como carne bovina e café. Em um discurso na abertura do Salão do Automóvel em São Paulo, Lula ressaltou que a medida é “importante” para o Brasil.
Setores Beneficiados
A decisão foi comemorada por entidades ligadas aos setores que foram impactados pelas tarifas. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) destacou a efetividade do diálogo técnico e das negociações, enquanto o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, avaliou que a medida representa um “avanço concreto” na agenda bilateral entre os países.
Comemorações e Perspectivas
A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) também celebrou a revogação da tarifa, que garante taxa zero para a exportação do produto. Pavel Cardoso, presidente da Abic, enfatizou o trabalho diplomático e a mobilização da cadeia produtiva do café, além da importância do café brasileiro para a economia americana.