Usiminas (USIM5) em queda acentuada, mas dividendos animam investidores

Ações da Usiminas (USIM5) sobem e caem com oscilações, em meio a prejuízo e expectativas por dividendos.

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(Imagem de reprodução da internet).

Queda na Usiminas Lidera Perdas no Ibovespa

As ações da Usiminas (USIM5) lideraram as quedas no Ibovespa nesta sexta-feira (24), em reação aos resultados negativos do terceiro trimestre. A mineradora registrou um prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões entre julho e setembro, representando uma reversão em relação ao lucro de R$ 185 milhões apurado no mesmo período do ano anterior.

A pressão sobre o valor das ações se intensificou, com a USIM5 caindo 1,81% para R$ 4,89 e atingindo uma mínima diária de 8,25%.

Análises do Mercado

Apesar do prejuízo, alguns analistas consideraram o balanço “neutro” e em linha com as expectativas. O BTG Pactual destacou que a baixa contábil de R$ 2,2 bilhões na unidade de aço e a perda adicional de R$ 1,4 bilhão relacionada à ‘recuperabilidade’ de impostos diferidos foram “inesperadas” e “significativas”.

O Safra e o Itaú BBA também mantiveram perspectivas neutras, com preços-alvo de R$ 4,70 e R$ 7,00, respectivamente.

Desafios Estruturais

Os analistas apontaram que as baixas contábeis “destacam os desafios estruturais contínuos na Usiminas, refletindo ativos não lucrativos e anos de subinvestimento”. A projeção da Usiminas de um lucro operacional estável no segmento de siderurgia no 4T25, com vendas menores compensadas por um Custo de Produtos Vendidos por tonelada (CPV/t) mais baixo, foi vista com cautela.

Fluxo de Caixa e Investimentos

Os analistas alertaram que o fluxo de caixa livre (FCL) pode não se manter nos níveis do terceiro trimestre, devido ao aumento do investimento em capital (capex) e à menor liberação de capital de giro. O FCL da Usiminas foi de R$ 613 milhões no período, acima das expectativas do Safra, de R$ 289 milhões, impulsionado por menores desembolsos de capex.

Dividendos e Endividamento

A Usiminas está avaliando a possibilidade de distribuir dividendos aos acionistas em 2025, apesar do resultado negativo bilionário nos nove primeiros meses. O vice-presidente financeiro, Thiago Rodrigues, afirmou que a companhia se sente confortável com o nível de endividamento de 0,16x a dívida líquida sobre Ebitda ajustado.

Conclusão

Apesar das incertezas em torno da indústria siderúrgica brasileira e da pressão sobre a Usiminas, os analistas mantiveram as recomendações neutras, com preços-alvo que indicam um potencial de valorização limitado. A empresa continua sendo vista como uma aposta de curto prazo, dependente de eventos como discussões sobre a agenda antidumping.

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