Mercado Acionário Brasileiro e Desempenho Corporativo
O pregão de outubro encerrou-se na última sessão da sexta-feira (31), com um aumento de 0,51%, atingindo os 149.540 pontos, marcando o quinto dia consecutivo de recorde. O desempenho positivo foi influenciado pelo balanço financeiro das empresas e pelos dados de desemprego no Brasil.
A mineradora Vale (VALE3) apresentou um lucro líquido elevado, com um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2025, alcançando US$ 2,68 bilhões (R$ 14,6 bilhões) no terceiro trimestre. Adicionalmente, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado proforma totalizou US$ 4,4 bilhões, representando uma expansão de 17% em comparação com o mesmo período de 2024 e superando as expectativas de US$ 4,1 bilhões.
Os papéis da companhia registraram uma alta de 2,01% ao final do pregão. Os dados de desemprego no Brasil, com uma taxa de 5,6% no trimestre encerrado em setembro, segundo o IBGE, também contribuíram para o cenário positivo, indicando um mercado de trabalho ainda aquecido e potencialmente abrindo espaço para revisões na taxa Selic no primeiro mês de 2026.
Desempenho de Big Techs no Cenário Internacional
No âmbito internacional, o foco se voltou para o desempenho das grandes empresas de tecnologia. A Apple registrou um aumento de 8% na receita anual e projeção de crescimento de até 12% no próximo trimestre fiscal, impulsionada pelas vendas do iPhone 17, superando as estimativas de Wall Street.
A Amazon também superou as previsões de lucro e projetou expansão de dois dígitos nas vendas do quarto semestre. A crise envolvendo a AWS (Amazon Web Services) não impactou negativamente o desempenho da gigante americana.
Câmbio e Análise do Dólar
O dólar comercial fechou praticamente estável na sessão, com uma leve queda de 0,01%, cotado a R$ 5,380. A moeda americana oscilou entre R$ 5,397 e R$ 5,374 durante o dia.
O índice DXY, que mede o dólar nos EUA, encerrou o dia com uma alta de 0,26%, aos 99,782 pontos. Segundo Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, a estabilidade da moeda americana é influenciada por fatores técnicos, além das declarações mais conservadoras de dirigentes do Fed sobre a política de juros.