A ação da Vale (VALE3) apresentou uma reação moderada às recentes projeções de investimentos da mineradora, divulgadas em terça-feira (2). Apesar de um movimento de recuperação no final do pregão, os papéis mantiveram-se relativamente estáveis durante a maior parte do dia.
Analistas atribuem essa dinâmica a pontos específicos do plano que não atenderam às expectativas do mercado, embora a redução nos gastos de capital (capex) tenha contribuído para um certo alívio.
Detalhes dos Investimentos Propostos
A Vale planeja investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027, com aportes adicionais previstos para os anos seguintes. A empresa também estabeleceu metas de produção até 2030, incluindo a produção de 335 milhões a 345 milhões de toneladas de minério de ferro em 2026 e 360 milhões de toneladas até 2030.
A produção de outros minerais, como cobre e níquel, também foi delineada com metas específicas para os próximos anos.
Custos e Indicadores Financeiros
A Vale projetou custos operacionais, incluindo o custo C1 (da mina ao porto sem frete) e o custo all-in (que inclui royalties e frete), para os minérios. O custo all-in do cobre, em particular, recebeu destaque, com uma recente redução anunciada em outubro, que gerou um impacto positivo no mercado.
Compromissos Financeiros e Despesas de Extração
A mineradora também previu compromissos financeiros relacionados à descaracterização de minas e aos acordos decorrentes das tragédias de Brumadinho e Samarco, além de despesas incorridas. Esses compromissos financeiros, que incluem valores de US$ 4,2 bilhões em 2025 e US$ 2,6 bilhões em 2026, foram considerados por analistas ao avaliar o desempenho da empresa.
Conclusão: Perspectivas para a Vale
Apesar da reação inicial do mercado, a Vale continua sendo vista como uma empresa com potencial de valorização, conforme indicado pela recomendação “outperform” (compra) mantida pelo Itaú BBA, com um preço-alvo de R$ 75 ao fim de 2026. A empresa busca otimizar a alocação de capital e reduzir custos, o que pode impulsionar o desempenho operacional e sustentado.
