O Legado da Voz: A História da Telefonia Fixa no Brasil
A história da telefonia fixa no Brasil é um retrato da evolução da comunicação no país. Uma época em que ligar para alguém era um evento, um ritual que exigia paciência e, muitas vezes, um pouco de sorte. Antes da popularização do celular, a linha telefônica era um símbolo de status, um item de valor que representava a conexão com o mundo.
A Vivo, que antes se dedicava à telefonia fixa, testemunhou essa transformação, acompanhando a mudança de hábitos e a ascensão da tecnologia.
Da Conquista da Linha ao Desafio da Conectividade
Nos anos 60 e 70, ter uma linha telefônica instalada era uma conquista, um marco na vida das famílias. O número fixo era tratado como patrimônio, e mudar de endereço frequentemente significava perder o telefone – e esperar meses por um substituto.
A rotina era marcada por interrupções, linhas ocupadas e chamadas não atendidas, um cenário que exigia improviso e paciência. A comunicação era direta, rápida e, acima de tudo, urgente.
A Era do Telefone Fixo: Um Mundo de Limitações
Naquela época, não existiam os recursos que hoje consideramos básicos: identificador de chamadas, mensagens, localização ou confirmação de leitura. Quando o telefone tocava, o som atravessava os cômodos da casa, e quem atendia aceitava o acaso.
Quem tinha secretária eletrônica precisava correr para evitar a gravação e, depois, rebobinar a fita para ouvir o recado. A comunicação era lenta, manual e, muitas vezes, frustrante.
A Revolução Móvel e o Fim de uma Era
A popularização do celular mudou tudo – e rápido. Em poucas décadas, o telefone deixou de ser um ponto fixo da casa e virou uma extensão do corpo. O celular permite falar, ver, ouvir e escrever ao mesmo tempo, enquanto se anda, se move e vive. A Vivo, que antes se dedicava à telefonia fixa, agora lidera o mercado nacional de fibra óptica e avança em serviços digitais, fintechs e streaming.
O Desligamento da Vivo: Uma Decisão Técnica e Estratégica
A Vivo firmou com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o Termo Único de Autorização, documento que encerra oficialmente sua atuação sob o regime de concessão do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC). A operadora deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa em 31 de dezembro de 2025 e passará a operar integralmente sob o regime privado de autorização.
A Anatel permitiu a migração do regime de concessão para o de autorização, que oferece mais flexibilidade às operadoras em troca de compromissos de investimento em conectividade.
A Vivo se comprometeu a investir R$ 4,5 bilhões ao longo de até 20 anos, a partir de 2025. Os recursos serão destinados à expansão da rede de fibra óptica, à manutenção temporária da telefonia fixa – que seguirá ativa até 2028 em cidades onde a Vivo é a única prestadora – e à ampliação da cobertura móvel.
A empresa está presente em todos os , soma mais de 100 milhões de acessos móveis e fixos, lidera o mercado nacional de fibra óptica e avança em serviços digitais, fintechs e streaming.
