XP alerta: Mudanças no consumo de cerveja e rebaixa ABEV3
Cervejaria alerta: clima e mudanças nos hábitos dos consumidores podem impactar resultados financeiros.
Análise da XP Investimentos Sobre a Ambev (ABEV3)
A XP Investimentos emitiu um alerta sobre a Ambev (ABEV3), classificando a situação da empresa como desfavorável e sem potencial para um “happy hour” no curto prazo. A corretora aponta um cenário operacional desafiador, influenciado por mudanças significativas nos hábitos de consumo de cerveja.
Segundo um relatório divulgado em 30 de julho, a avaliação da ação da Ambev está elevada em relação às expectativas de lucro da empresa. O valuation atual da companhia está em 14,1 vezes o lucro estimado para 2026, um nível superior ao observado desde meados de 2023.
Desafios Operacionais e Projeções da XP
A XP Investimentos destaca que o lucro por ação projetado pela corretora está 13% abaixo do consenso de mercado, indicando uma divergência entre as expectativas do mercado e a projeção da XP.
A corretora prevê que os resultados da Ambev permanecerão fracos pelo menos até o segundo semestre de 2026. Fatores como a crescente concorrência no mercado, o aumento dos custos de produção e a retração do consumo de cerveja no Brasil contribuem para esse cenário.
Recomendação de Venda e Ajuste no Preço-Alvo
Diante desse cenário, a XP Investimentos rebaixou a recomendação para a Ambev de “neutra” para “venda” e reduziu o preço-alvo das ações de R$ 13,40 para R$ 10,90.
Tendências de Mercado e Impacto na Ambev
A XP Investimentos identifica duas tendências de longo prazo que podem impactar negativamente o negócio da Ambev: a crescente preferência por produtos saudáveis e bebidas sem álcool, impulsionada por consumidores mais jovens, e o avanço de medicamentos à base de GLP-1, que reduzem o consumo de álcool.
Apesar da expansão do portfólio de bebidas zero álcool da Ambev, a XP avalia que o crescimento nesse segmento ainda não compensa a desaceleração geral da indústria, especialmente em marcas não premium, onde a empresa possui forte presença. A corretora acredita que essas tendências, combinadas com o fraco crescimento de resultados, limitarão a capacidade de reavaliação da ação no curto prazo.
