Zadie Smith investiga a “Fraude” e a complexidade da verdade na Inglaterra vitoriana

Zadie Smith investiga a verdade em “A Fraude”. A renomada autora explora dilemas vitorianos, manipulação e narrativas na obra “A Fraude”.

26/11/2025 8:19

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Zadie Smith e a Complexidade da Verdade em “A Fraude

A renomada escritora Zadie Smith, conhecida por seu sucesso precoce com “Dentes Brancos” em 2000, retorna à narrativa histórica com “A Fraude” (Companhia das Letras, R$ 129,90), uma obra que se aprofunda em dilemas contemporâneos através do prisma da Inglaterra vitoriana.

O romance explora a manipulação da verdade, a disputa por narrativas dominantes e as complexas relações sociais, raciais e de gênero da época.

A trama se desenrola em torno do caso Tichborne, um impostor que se apresentou como um herdeiro desaparecido, gerando um escândalo que abalou a sociedade vitoriana. A história, que se passa em meados do século XIX, é marcada por julgamentos, polêmicas e a transformação do evento em um espetáculo social.

Smith, ao explorar este caso, busca questionar a natureza da verdade e a forma como ela é construída e manipulada ao longo do tempo.

Smith, que se inspira em clássicos ingleses, como Charles Dickens, utiliza a narrativa para examinar a fragilidade das narrativas e a influência do poder da linguagem. A autora, que se considera uma “pessoa dos livros” durante sua infância, demonstra um profundo conhecimento da literatura e da história, buscando criar uma obra que seja ao mesmo tempo relevante para o presente e uma homenagem aos grandes autores do passado.

A obra se divide entre a investigação do caso Tichborne e a cena literária da Londres vitoriana, permitindo a Smith contrastar diferentes perspectivas e explorar as relações entre ficção e realidade. A autora, que se considera uma “pessoa dos livros” durante sua infância, demonstra um profundo conhecimento da literatura e da história, buscando criar uma obra que seja ao mesmo tempo relevante para o presente e uma homenagem aos grandes autores do passado.

A tradução brasileira de “A Fraude” (Companhia das Letras, R$ 129,90) apresenta desafios, com uma linguagem que, por vezes, se distancia da nossa literatura, prejudicando a imersão do leitor na obra. A falta de edições brasileiras dos ensaios da autora e o atraso na publicação do livro no Brasil, fazem com que a publicação perca um pouco de seu momento.

Autor(a):

Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real