A História de Zumbi e o Quilombo de Palmares
O Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi dos Palmares, representa um símbolo de resistência contra a escravidão no Brasil colonial. Segundo o dicionário Michaelis, a memória desse quilombo é a “faculdade de lembrar e conservar experiências adquiridas no passado”.
O feriado de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, celebra justamente essa memória.
Zumbi liderou o Quilombo por 17 anos, após sua fundação no final do século XVI, em meio à revolta de escravos de engenhos na capitania de Pernambuco. A localização geográfica do quilombo, em uma região serrana com relevos e mata fechada, proporcionou uma barreira natural contra ataques militares.
Essa característica, aliada à autossuficiência econômica, foi fundamental para a sobrevivência do grupo por quase um século.
Durante sua existência, o Quilombo dos Palmares abrigou entre 20 e 30 mil pessoas, incluindo negros, indígenas e pessoas brancas pobres. A economia do quilombo era diversificada, com produção agrícola de mandioca, feijão, batata, milho, frutas e palmito, além de atividades como melação, caça, pesca e criação de porcos e galinhas.
Essa autossuficiência permitiu que Palmares comercializasse excedentes com comunidades vizinhas, garantindo trocas de ferramentas, tecidos e outros produtos.
Apesar de enfrentar mais de 30 tentativas de invasão ao longo de quase um século, o Quilombo dos Palmares conseguiu resistir graças à sua organização em diferentes “mocambos”, cada um focado em uma atividade produtiva. Essa diversificação econômica e a localização estratégica do quilombo foram fatores cruciais para a sua longevidade.
Em 1694, o ataque ao Mocambo do Macaco desestabilizou as estruturas do grupo, e em 1695, Zumbi foi capturado e assassinado, marcando o fim de uma era e dando origem ao Dia da Consciência Negra.
