Ambipar (AMBP3) vence na Justiça: como o investidor se sai?

Novela da Ambipar (AMBP3) e os Desafios da Recuperação Judicial

A situação da Ambipar (AMBP3) continua complexa, com a empresa buscando uma recuperação judicial. A recente prorrogação da suspensão de pagamentos pela 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro indica a persistência dos desafios enfrentados pela companhia.

Apesar da alta nas ações na bolsa de valores, o cenário para os investidores e credores permanece incerto, com a empresa ainda lidando com diversas polêmicas e disputas legais.

A recuperação judicial da Ambipar, iniciada no início da semana, ainda não foi aceita pela Justiça. As disputas envolvendo credores, como o Bradesco, que processou diretores da empresa, e a contestação do endereço do pedido de recuperação judicial, demonstram a complexidade do processo.

A empresa optou por buscar o Rio de Janeiro como foro competente, em parte devido à origem da maior parte de sua receita, o que gerou resistência de bancos com sede em São Paulo.

Para os investidores, a situação é particularmente delicada. A alta nas ações na bolsa de valores, embora possa parecer um alívio, não compensa a perda de valor das ações em relação a patamares anteriores, como dezembro do ano passado e setembro de 2023.

A possibilidade de fraude e a necessidade de união entre acionistas minoritários para entrar com ações contra a empresa também representam riscos adicionais.

O prazo para apresentação do plano de recuperação judicial é de 60 dias, a partir do deferimento do processo. Após esse período, os credores têm 30 dias para apresentar objeções, e, em caso de objeção, uma Assembleia Geral de Credores deve ser realizada em até 90 dias.

A forma e o valor dos pagamentos serão definidos no plano de recuperação judicial, que será deliberado na assembleia geral de credores.