BB Investimentos projeta alta de 20% nas ações do Nubank e BDRs em 2026

Apesar da instabilidade observada nas ações do Nubank (NU), o BB Investimentos mantém uma recomendação de compra, projetando um aumento de aproximadamente 20% no preço das ações em um ano. Essa projeção revisada considera o cenário atual do mercado.

O potencial de valorização das ações do Nubank é de 19,76%, elevando o preço estimado para US$ 20,00 até o final de 2026, em comparação com o valor atual de US$ 16,70. Os BDRs do Nubank (ROXO34) também apresentam um potencial de valorização de 19,84%, com um preço alvo de R$ 18,30, em relação ao valor atual de R$ 15,27.

Desempenho e Projeções do Nubank

O BB Investimentos destaca o desempenho da fintech, com um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) ajustado de 33% e um índice de eficiência de 27,7%, os melhores entre as empresas analisadas. A base de clientes do Nubank, com 127 milhões, incluindo 110 milhões no Brasil, representa 61% da população adulta do país.

A instituição financeira demonstra uma combinação de crescimento acelerado com rentabilidade robusta, um cenário raro no setor.

Projeções de Crescimento

O banco prevê um crescimento da carteira de crédito de 37,5% ao ano nos próximos cinco anos, um aumento em relação à estimativa anterior de 31,5%. Apesar desse crescimento, o BB Investimentos avalia que o Nubank está adotando decisões mais conservadoras na concessão de crédito, o que pode resultar em uma margem líquida menor (29%, em média, contra 31,3%) e um custo de crédito menor (14%, em média, contra 15,2%).

Pontos Fortes e Expansão Internacional

A análise ressalta a estrutura enxuta do Nubank, com um custo por cliente inferior a US$ 1, além da expansão internacional no México e Colômbia, replicando o sucesso no Brasil. A obtenção de licenças bancárias nos EUA representa um potencial de valorização a longo prazo.

Desafios e Considerações Legais

O Nubank também enfrenta desafios, como a busca por licenças bancárias nos EUA e no Brasil, após uma decisão judicial que impede o uso de termos que sugiram atividades bancárias sem a devida autorização. A associação Febraban reagiu às declarações de um executivo da fintech, acusando-o de omitir informações e apresentar uma visão incompleta da instituição.