A Bombril, detentora de marcas como Lã de Aço, Mon Bijou, Limpol, Sapólio e Pinho Bril, obteve a aprovação de seu plano de recuperação judicial pelo Poder Judiciário do estado de São Paulo. A decisão, proferida pelo juiz Ralpho Waldo De Barros Monteiro Filho, destaca a importância da regularidade fiscal para a continuidade do processo de recuperação.
Desafios Financeiros da Empresa
A empresa enfrenta um passivo considerável, com mais de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias federais. A renegociação dessas dívidas é um processo paralelo e crucial para o plano de recuperação. O cumprimento das obrigações fiscais é um fator essencial para evitar a suspensão da recuperação judicial e a retomada de execuções de dívidas.
Regularidade Fiscal e Aprovação do Plano
A apresentação de uma certidão negativa de débito pela Bombril foi um dos pontos positivos na análise do juiz. A capacidade da empresa de manter seus pagamentos fiscais em dia foi considerada indispensável para a aprovação do plano de recuperação judicial.
Revisão de Cláusulas e Credores
Após a apresentação do plano inicial, os credores do grupo Bombril – Bradesco, RDR Transportes, Santander Brasil, Daycoval S/A, Banco ABC Brasil S/A, Martins Comércio e Serviços de Distribuição S/A, Ticket Soluções e Itaú Unibanco – levantaram ressalvas.
O juiz autorizou a realização de vendas de ativos ou reorganizações societárias, sem alterar as demais cláusulas do plano.
Histórico de Recuperações Judiciais
A recuperação judicial desta vez não é o primeiro pedido da Bombril. Em 2003, a empresa se reorganizou financeiramente após dificuldades com lançamentos de novos produtos. A conclusão da recuperação só ocorreu em 2006. Em 2013, a falta de recursos para produção e transporte levou à ausência dos produtos da Bombril nas prateleiras.
Em 2015, a empresa acumulou dívidas de R$ 900 milhões. A reestruturação final em 2017 permitiu que a empresa encerrasse o ano com resultados positivos, embora as dívidas antigas ainda não tenham sido totalmente quitadas.
