Citi zera posição no ouro em maior queda em 12 anos

O ouro encerrou a sessão de hoje, na terça-feira (21), com uma forte queda de valor, influenciada pela alta do dólar e por uma correção nos preços recentes. A prata também apresentou desvalorização no pregão.

Desempenho do Ouro

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para dezembro registrou uma queda de 5,74%, fechando a US$ 4.109,10 por onça-troy. Essa foi a maior variação diária do ouro desde 2013, conforme dados da Dow Jones Market Data.

Desempenho da Prata

A prata também sofreu com a queda, recuando 7,16%, atingindo US$ 47,704 por onça-troy.

Análise do Mercado

A corretora XTB avalia que a queda reflete uma valorização excessiva do metal precioso, que havia alcançado recordes nas semanas anteriores. A expectativa de uma inflação mais baixa nos Estados Unidos, com dados a serem divulgados na sexta-feira (24), também contribuiu para a redução do interesse dos investidores.

Fatores de Mercado

O Citi Research aponta que a melhora no sentimento de aversão a risco dos investidores globais ajudou a derrubar as cotações. A instituição cita o avanço nas negociações comerciais entre EUA e China e o fim próximo da paralisação do governo norte-americano como fatores que diminuíram a busca por proteção.

Alívio no Conflito

Além disso, relatos sobre uma proposta europeia de paz para o conflito entre Rússia e Ucrânia trouxeram alívio ao mercado.

Impacto nas Mineradoras

As ações de mineradoras de ouro acompanharam o movimento do metal precioso. Ao final do pregão, os papéis da Newmont caíram 9,03%, os da AngloGold perderam 11,3% e os da Royal Gold recuaram 4,88%, todos negociados em Nova York.

Raridade Estatística

O Citi também destacou que a queda do ouro chegou a 4,7 desvios padrão, um evento estatisticamente raro. A instituição já alertava que o metal estava “esticado”, cerca de 20% acima da média móvel de 200 dias, um sinal técnico de topo em ciclos anteriores.