Correios: Plano Detalhado de Reestruturação Busca R$ 20 Bilhões e Novas Captações

Emmanoel Rondon detalha plano de reestruturação dos Correios, buscando R$ 20 bilhões em captação para solucionar crise financeira. PDV prevê economia de R$ 2,1 bilhões

30/12/2025 13:03

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(Imagem de reprodução da internet).

Reestruturação dos Correios: Plano Detalhado e Necessidade de Novas Captações

O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, apresentou um plano abrangente de reestruturação da companhia, visando solucionar a crise financeira. O plano envolve a captação de R$ 20 bilhões, sendo que R$ 8 bilhões ainda são necessários. A estratégia inclui a revisão da governança, metas para funcionários e otimização da gestão de ativos.

Rondon enfatizou a importância de monitorar o mercado para definir as próximas etapas da captação de recursos.

Um dos pilares do plano é o Programa de Demissão Voluntária (PDV), que, segundo Rondon, deve gerar uma economia anual de R$ 2,1 bilhões a partir de 2028. O PDV, que inclui o fechamento de mil agências deficitárias e a adesão de até 15 mil empregados entre 2026 e 2027, exige um investimento para reduzir os gastos com folha de pagamento em 18%.

O programa visa evitar o aumento da judicialização e garantir a continuidade da força de trabalho da empresa.

Além do PDV, o plano prevê a alienação de imóveis sem uso operacional, com expectativa de gerar R$ 1,5 bilhão em receitas extraordinárias. Rondon destacou que as iniciativas de redução de despesas somarão R$ 5 bilhões até 2028. A empresa enfrenta um déficit estrutural de mais de R$ 4 bilhões anuais devido à universalização do serviço postal em locais remotos, onde 90% das despesas têm perfil fixo e a folha de pagamento representa 62% do total.

A reestruturação também inclui a revisão do plano de saúde da empresa, o Postal Saúde, com a expectativa de economizar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões anuais a partir de 2027. A captação de R$ 12 bilhões com cinco bancos (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) é vista como fundamental para a retomada da confiança e a retomada da operação.

A empresa prevê que, após três anos de carência, os R$ 12 bilhões serão pagos mensalmente.

O Tesouro Nacional, por meio do secretário Rogério Ceron, monitorará de perto a execução do plano. A empresa necessita de um aporte adicional de R$ 8 bilhões para fechar suas contas, que pode ser feito por meio de um aporte do Tesouro. Rondon ressaltou que o modelo de negócios dos Correios passou por uma inflexão em 2016, com o aumento da relevância das encomendas em relação às cartas, uma tendência observada em outros países.

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