Sioux prevê ascensão de produtos “AI-native” com foco em autonomia digital

Indústria web se prepara para produtos “AI-native”. A Sioux prevê fim da IA como ferramenta e início da era da autonomia digital, com hiper-personalização 1:1

14/12/2025 15:48

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(Imagem de reprodução da internet).

A Indústria Web se Prepara para a Era dos Produtos “AI-Native”

Após um 2025 marcado pela busca por eficiência, a indústria de desenvolvimento web está se preparando para uma mudança estrutural significativa: a ascensão dos produtos “AI-native”. A análise é da Sioux, empresa especializada em design e tecnologia que atende a marcas como Santander e Mastercard.

A principal diferença reside no fato de que, até então, a inteligência artificial auxiliava o produto. Agora, a IA se torna o produto em si. A nova geração de sites não se limita a fluxos pré-definidos, mas é construída para aprender em tempo real, adaptar-se a novas tarefas conforme a demanda do usuário e conectar-se automaticamente a outros sistemas.

Autonomia Digital

Felippe Kanashiro, head de produtos digitais da Sioux, explica: “Estamos deixando de lado a automação para entrar na era da autonomia digital”. Isso significa o fim das interfaces engessadas e o início da hiper-personalização 1:1, onde cada plataforma evolui com o comportamento de quem a utiliza.

Eficiência vs. Autonomia

Em 2025, o principal gargalo da IA não foi técnico, mas estratégico. Muitas empresas implementaram a tecnologia pelo hype, sem clareza sobre qual problema de negócio resolver. O valor humano migrou da produção para a curadoria, visão de negócio e critério estético.

Em 2026, a aposta não é mais em fazer mais rápido, mas em fazer o que antes era impossível com produtos AI-native, onde os agentes de IA estão no centro da experiência e não mais na camada de apoio.

Hiper-Personalização na Prática

Em um cenário de varejo, um sistema com IA pode ir além da recomendação genérica. Ao receber a mensagem “vou viajar a trabalho para um lugar frio na próxima semana e não tenho roupa adequada”, a plataforma cruza previsão do tempo, estoque, histórico de compras e regras de frete para montar automaticamente um conjunto completo de peças, garantindo a entrega antes da viagem e já oferecendo opções de troca simplificadas.

A tecnologia permite que sites mudem conforme o humor do usuário, suas metas ou até o clima da cidade, criando experiências únicas para cada pessoa.

Modelo Híbrido

A Sioux avalia que as interfaces conversacionais não irão substituir a navegação tradicional, mas coexistirão com ela em um modelo híbrido. A IA conversacional será poderosa nas jornadas complexas, quando o usuário não sabe exatamente o que pedir ou precisa combinar várias ações em sequência.

Já para tarefas muito objetivas, como emitir um boleto, acompanhar um pedido ou aplicar um filtro simples em uma lista, as interfaces tradicionais bem desenhadas continuam sendo mais rápidas e eficientes.

O Limite entre Útil e Invasivo

Toda revolução tecnológica traz dilemas. A personalização 1:1 aproxima o produto do usuário, mas também do limite entre o útil e o invasivo, trazendo à tona o “creepy factor”. O desconforto não é gerado pelo uso da IA em si, mas quando ela tenta se passar por humana.

A confiança do usuário começa a ruir quando a tecnologia finge que sente, pensa ou acha alguma coisa. A Sioux defende que transparência, clareza e controle serão os pilares de confiança digital em 2026.

A empresa sugere três pontos cruciais de design para a nova era: Clareza, Explicação e Controle.

Redefinição do Papel Humano

O avanço da IA não elimina o papel humano, mas o redefine. Se 2025 foi o ano da aceleração, 2026 será o ano da inteligência com direção.

O futuro não será de quem automatiza, mas de quem orquestra a autonomia. É nesse ponto que o humano volta ao centro: como estrategista, curador e consciência da experiência.

A Sioux atende clientes no Brasil e no exterior, desenvolvendo projetos de inovação para marcas como Santander e Mastercard.

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